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Império, teoria de Monroe e Hugo Chaves









DATENAS - Se há coisas que danam os gandareses é a propaganda cinzenta (técnica destinada a "obter desaprovação" por meios onde se sabe a fonte imediata, normalmente credível, mas onde tudo o que a rodeia ou lhe está subjacente, é manipulado). Isto, a propósito dum post colocada num blog insuspeito que, com base numa noticia no Diário Económico a decora com as imagens que se mostram acima...

A noticia, em resumo, diz que o produtos petrolíferos na Venezuela são baratíssimos (na esteira aliás, do Irão, Líbia, Kuwait e Arábia Saudita). E que, a primeira tentativa para os aumentar, pelo governo do então presidente Carlos Andrés Perez, no dia 27 de Fevereiro de 1989, data que ficou conhecida como o “Caracazo”, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar. Os conflitos duraram cinco dias e morreram mais de mil pessoas. Informa também que o governo de Chavez decretou a nacionalização do sector petrolífero, dando à estatal PDVSA o controlo das jazidas e das refinarias de grupos estrangeiros na promissora faixa do Orinoco. A Exxon Mobil e a ConocoPhilips foram duas das empresas (americanas) que perderam com tal resolução. Também a petrolífera norte-americana Texaco, deixou de controlar os preços de venda dos combustíveis, pelo que hoje tem quase lucros zero.
O titular da postagem a pretexto da noticia, diz então (e só): - "Na Venezuela, a gasolina é poderosa: pode provocar confrontos armados e fazer cair presidentes. A leitura deste artigo do Diário Económico ajuda à compreensão do fenómeno Chavés".
Ora nada mais errado. A noticia não diz isso, nem o insinua. "A gasolina" nunca provocou confrontos armados, antes revoltas populares (que não no tempo de Chavez) e muito menos a queda de presidentes na democracia, ininterrupta e mais antiga, da América do Sul.
E se da manipulação da noticia estamos conversados, que dizer das imagens que decoram a postagem? O Chavez, fardado(?), derrama sangue americano, como se quer demonstrar na caricatura? Por menos, invadiram e mataram o Saddam, mas este nunca foi eleito democraticamente.
Quanto á fotografia da "família" de Chavez, é pena ter como única referência "(Sábado nº210 - 8 a 14 de Maio) Clicar na imagem para aumentar". Quem é que publicou a fotografia? Estará na fototeca da Venezuela? Sabemos que foi editada em 8 de Maio de 2008 a pags 84 de um sitio qualquer.
De qualquer forma, só em Portugal, (que já não falo de Angola, da Arábia Saudita, de Inglaterra, Estados Unidos, etc. etc. ) como vamos de filhos, primos, cunhados, de Boys, de Laranjas, amigos, etc. etc .